Nosso amigo Gerardo Lopes foi chamado ao Senhor. Conhecido como Gerardim Doido, era uma pessoa de bom coração, desprovido de qualquer maldade.
Sua história conheço desde criança, quando ele dizia:
- Zequinha, eu fui motorista de expresso (ônibus) no Rio de Janeiro por muitos anos. Teve um dia, Zequinha, que fui desviar de um caminhão, e aí o ônibus virou. Consegui salvar 200 mulheres e 100 homens.
Gostava também de dizer que tinha um padrinho na Serra Grande e que o mesmo havia lhe deixado de herança todo o rebanho da novela “O Rei do Gado”; como também a Rede Ferroviária com todos os trens que passava em Reriutaba, além dos Correios e do Banco do Brasil. E as pessoas incitavam-no: - Gerardim, vai varrer a calçada do Banco senão fulano vai tomar de ti! E o Gerardim acreditava!
Estas eram as prozas que houvíamos contar desde que corríamos as calçadas de Reriutaba brincando de carrimã, papagaio, bila ou de bandeira.
Dizem que o Gerardim levou naquele acidente uma pancada na cabeça e ficou daquele jeito. Chamávamos de doido. Mas o que nos leva a chamar uma pessoa que nunca fez maldade a alguém desta forma? O Gerardo Lopes tinha uma mania de se preocupar com todo mundo, dizendo:
-Zequinha, cuidado com o batente para tu num topar;
- Zequinha, cuidado com este buraco que pode ter uma cobra;
-Zequinha, cuidado para não se machucar.
Talvez fosse apenas um anjo da guarda tentando nos proteger. Esta será a melhor forma de nos lembrarmos do nosso Gerardo Lopes!
Olá primo...primeiro quero lhe parabenizar pelo blog e as histórias que nos fazem recordar de momentos inesquecíveis, também tenho coisas para contar do Gerardinho...quando criança morria de medo dele(rsrsr) bastava falar que lá vinha o Gerardinho para que eu ficasse quietinha num canto, coisas de criança.
ResponderExcluirAh! da gente lembro dos almoços e de quem levaria a cadeira da mainha(D. Diola) la pra casa, pra sua , e dos demais tios.
abrçs
Nereida