terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Pescador Mexicano


Acho que muitos de vocês já tiveram conhecimento da história do pescador mexicano, mas como o dia-a-dia nos faz esquecer os princípios básicos do bem viver, vou emoldurar este conto que em sua dualidade de valores, exalta um maior convívio com sua família e um maior desapego de valores materiais. Entretanto, vai de encontro ao desenvolvimento e à geração de emprego e renda.

Nesta dualidade de valores, numa ponta o bem estar e a falta de ambição e do outro lado o trabalho, o desenvolvimento e a ambição (mesmo que seja sadia).

Que cada um de nós analisemos o quão deveremos nos aproximar mais:  Do pólo bem estar completo ou do pólo trabalho árduo.

Eis a historinha para meditação nos valores de sua vida:


Numa aldeia de pescadores da costa do México, um pequeno barco retorna do mar.

Um turista americano se aproxima e cumprimenta o pescador mexicano pela qualidade do pescado.

Curioso, o turista pergunta:

- “Quanto tempo levou para pegar esta quantidade de peixes?”

-“Não muito tempo”, responde o mexicano.

-“Bom, então por que você não ficou mais tempo no mar e pegou mais peixes?”

O mexicano explica que aquela quantidade bastava para atender  às necessidades de  sua família.

-“Mas o que você faz com o resto do seu tempo?”, indaga o americano

- “Eu durmo até tarde, pesco um pouco, brinco com meus filhos, descanso com minha esposa”. “Eu tenho uma vida boa...”

“À noite eu vou até a vila para ver meus amigos, tomar umas bebidas, tocar violão, cantar umas músicas...”                         

O americano interrompe:

- “Pois eu posso lhe ajudar a ter uma vida realmente boa.  Faça o seguinte: comece a passar mais tempo pescando todos os dias. Aí você pode vender todo o peixe extra que conseguir pescar.

Com o dinheiro extra, você compra um barco maior.  Com a receita extra que o barco maior vai trazer, você pode comprar um segundo e um terceiro barco, e assim por diante até possuir uma frota de pesqueiros.”

“Ao invés de vender seu peixe para um atravessador,
negocie diretamente com as fábricas de beneficiamento ou quem sabe pode até abrir sua própria indústria de beneficiamento.”                           

“Aí você pode deixar esta vila e ir morar na Cidade do México, Los Angeles ou até mesmo em Nova Iorque!”

“De lá você toca seu imenso empreendimento!”

- “Quanto tempo isso iria levar?”, pergunta o mexicano.

-“Uns vinte, quem sabe vinte e cinco anos”, responde o americano.

-“E depois? Pergunta o pescador mexicano

- Aí é que começa a ficar bom”, responde o americano, rindo;  “quando seu negócio começar a crescer de verdade, você abre o capital e faz milhões!!!”

-“Milhões? Sério? E depois disso?” admira-se o pescador mexicano.

-“Depois disso você se aposenta e vai morar numa vilazinha da costa mexicana, dorme até tarde, pega uns peixinhos, descansa ao lado da esposa, brinca com seus filhos e passa as noites se divertindo com os amigos...”

-E o mexicano, tirando o chapéu da cabeça, olha determinado para o americano dizendo: “Doutor, mas isto tudo eu já faço agora, vivo bem com minha família, pescando uns peixinhos, brincando com meus filhos e me divertindo com meus amigos”!!!!!

- O americano ficou sem palavras....!

Em geral, as pessoas vivem para TER em lugar de SER.

Gastam seu tempo e esforço para obter bens materiais, pensando em aproveitar a vida num futuro remoto que nem ao menos sabem se existirá.

Esquecem que a vida está no momento presente e que a felicidade pode ser encontrada nas coisas  mais simples da vida.

Viva e seja feliz agora!!!
 (Luiz Lopes Filho, com adaptação de autor desconhecido)

“A vida não consiste em ter boas cartas na mão  e sim em jogar bem as que se tem.”
(Josh Billings)




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