terça-feira, 3 de abril de 2012

Tratado da Língua Portuguesa e não de Política Brasileira

Recebi uma mensagem por correio eletrônico que passo a publicá-la, com o aval de meu amigo Lucídio Reinaldo. Não é de totalmente de minha autoria, mas achei interessante.

Todos os dias assistimos às reportagens nas emissoras de televisão do país e nos familiarizamos com o emprego de tratamentos a autoridades pela mídia oscilante. Oscilante porque ora ela está apoiando a situação, ora repetindo jargões, frases e até mesmo erros de autoridades, sejam elas ligadas ao meio cultural, artístico, empresarial ou político.

Este texto, apesar de carregar algum odor político, seu teor na realidade é gramatical: "SUA EXCELÊNCIA, A SENHORA PRESIDENTA DILMA".

                Agora, o Diário Oficial da União adotou o vocábulo presidenta nos atos e despachos iniciais de Dilma Rousseff.

As feministas do governo gostam de presidenta e as conservadoras (maioria) preferem presidente, já adotado por jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão, afinal os veículos de comunicação tem a ética de escrever e falar certo quando lhes é oportuna tal ética.

                Na verdade, a ordem partiu diretamente de Dilma: ela quer ser chamada de Presidenta. E ponto final.

                Por oportuno, vou dar conhecimento a vocês de um texto sobre este assunto e que foi enviado pelo leitor Hélio Fontes, de Santa Catarina, intitulado: “Olha a Vernácula".

               -Vejam:
                No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante.

                Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.

                Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte.

Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não “presidenta”, independentemente do sexo que tenha.

                Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz a estudante, e não "estudanta"; se diz a adolescente, e não "adolescenta"; se diz a paciente, e não "pacienta".

                -  Um bom exemplo para se colocar numa questão do ENEM seria este texto:

"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizantas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta."

(Observação: estamos repassando na íntegra).

Luiz Lopes Filho,
Fortaleza-CE, 03 de abril de 2012

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